fbpx

Navigate / search

Capítulo 4: Os Anjos: Considerando o Anfitrião Celestial

“A Escritura ensina que quando os cristãos se reúnem, e quando se reúnem em oração, então os anjos de Deus estão presentes e as mulheres devem cobrir-se quando participam na oração pública por causa da presença dos anjos. É uma coisa tremenda e notável” 1) Martyn Lloyd Jones, Great Doctrines of the Bible, (Carol Stream, Illinois: Crossway Books, 2003), 110.

Dr. Martyn Lloyd-Jones, ex-ministro da Capela de Westminster em Londres

 

Quando se trata de versículos que os cristãos admitem que não entendem, 1 Coríntios 11.10 é o versículo que está no topo da maioria de nossas listas. Aqui está o que essa passagem diz:

“Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade.”

O apóstolo Paulo nos disse que as mulheres devem cobrir suas cabeças por causa dos anjos. Portanto, não importa o que este versículo significa em sua plenitude, o que sabemos é que temos uma de suas razões para praticar este símbolo.

Este ponto deve ser levado em alta consideração. Nós não procuramos entender o que este versículo significa para que ele se torne evidência para a cobertura da cabeça. Pelo contrário, por ser uma razão, buscamos, portanto, compreendê-la.

A dificuldade para nós é que Paulo diz isso de passagem, sem explicar o que ele quis dizer. Uma razão provável para isso é que a igreja em Corinto compreendeu o que Paulo queria dizer, portanto, uma explicação seria desnecessária. Em sua carta aos tessalonicenses, ele disse que havia explicado detalhes sobre a Segunda Vinda de Cristo a eles quando estava com eles (2 Tessalonicenses 2.5). Isso também pode ser uma dessas doutrinas articuladas enquanto estavam em sua presença.

Uma vez que este é um versículo muito curto e vago, não há nenhuma maneira para podermos saber, com absoluta certeza, o que isso significa. No entanto, não ficamos totalmente no escuro. Há uma indicação no grego que nos ajuda a identificar a quais anjos Paulo estava se referindo. Há também outros textos na Escritura sobre esses seres que acredito que possam lançar uma luz sobre esta passagem. Comecemos por identificar se Paulo estava falando sobre anjos bons ou maus.

Anjos: Bons ou Maus?

Na gramática, o artigo definido é usado para modificar um substantivo. É preciso uma pessoa, lugar ou coisa para indicar que você não está se referindo ao substantivo em geral, mas sim que você tem uma referência específica em mente. Este artigo definitivo mostra-se, em português, como a palavra “os”. Assim, como um exemplo, se eu dissesse “ela ama chocolate,” é um uso muito amplo e poderia se referir todo o chocolate. Entretanto, adicionando o artigo definido, transformamos a frase em “ela ama o chocolate.” Isto indica ao leitor que o chocolate ao qual se refere é um tipo específico.

Na língua grega também há o artigo definido 2) Em português há artigos definitivos e indefinidos. Em grego, tal distinção não existe; por isso é realmente apenas um “artigo”.  e em 1 Coríntios 11.10 é usado quando Paulo diz “por causa dos anjos”. Isso indica que Paulo não está falando de todos os anjos, mas tem anjos específicos em mente.

De acordo com o Dr. David E. Garland, “Paulo nunca usa a palavra ‘anjos’ com um artigo definido para se referir a anjos maus” 3) David E. Garland, First Corinthians  (Baker Academic, 2003), 527. . Da mesma forma, Robertson e Plummer afirmam que “anjos maus não podem ser inseridos no texto. O artigo é contra eles: ἄγγελος, que sempre significa anjos bons.” 4) Archibald T. Robertson and Alfred Plummer, A Critical and Exegetical Commentary on the First Epistle of St. Paul to the Corinthians (T&T Clark, 1911), 233. (Quando eles mencionam “ἄγγελος sempre significa anjos bons”, isto deve ser entendido como quando a palavra é usada com o artigo grego nas cartas de Paulo.) . Portanto, quando Paulo diz que mulheres deveriam usar um símbolo de autoridade sobre suas cabeças “por causa dos anjos”, é provável que ele tivesse os anjos santos em mente.

Para o Seu benefício

O propósito da cobertura da cabeça é fornecer um símbolo visual da ordem criada por Deus à igreja reunida. Se os anjos são uma razão pela qual obedecemos a este mandamento, pressupõe-se que eles devem estar nos observando enquanto adoramos a Deus. Uma compreensão do por que praticamos a cobertura da cabeça é para que possamos justamente simbolizar a ordem criacional para todos os presentes, tanto os visíveis como os invisíveis.

Paulo disse: “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Efésios 3.10).

Esses principados e potestades são os anjos de Deus (Colossenses 1.16; 1 Pedro 3.22). Vemos nessa passagem o que o nosso Senhor está fazendo através da igreja e isso demonstra como Ele é incrivelmente sábio. Pedro descreve que os anjos “anelam perscrutar” o que Deus está fazendo (1 Pedro 1.12). Eles são cativados pelo que Deus está fazendo e querem ver mais dEle. Creio que este é um desejo que Deus teria prazer em cumprir. Permitir que os anjos nos observem adorar a Ele poderia ser uma forma de cumprir esse desejo.

Eu amo pensar sobre o que os anjos devem estar pensando, até porque eles têm uma perspectiva única. Os anjos foram os primeiros da criação de Deus. Sabemos que viram toda a história se desdobrar porque Deus disse a Jó que os anjos se alegravam de vê-Lo fazer o mundo (Jó 38.4-7).

Os anjos passaram todas as suas vidas na presença de um Deus santo e perfeito. Eles O viram criar um mundo perfeito, onde não havia pecado, morte ou sofrimento. Esses conceitos eram desconhecidos para eles. Então um dos seus, Satanás, rebelou-se contra Deus. Deus o colocou fora de Sua presença para sempre, juntamente com os anjos que o seguiram (Judas 6). Não há oportunidades para o arrependimento [para eles] e ninguém para interceder em seus nomes. Os anjos sabem que o pecado tem um custo muito alto.

Então, como uma repetição, o primeiro casal que Deus criou também pecou. No entanto, há uma torção neste enredo. Deus mata um animal em seu lugar e lhes promete um Redentor. Ele, então, separa um grupo desses humanos pecaminosos para mostrar Seu amor e carinho. Isso culmina com o próprio Deus entrando no mundo em carne humana. O Salvador vive uma vida perfeita e depois a estabelece como um sacrifício sem mácula. O Pai o abate, o Cordeiro de Deus, para que os filhos do diabo, que merecem o mal, possam ser totalmente perdoados e adotados em Sua família. Que história! Não é de admirar que os anjos anseiem olhar para isso.

Agora, coloque-se no lugar deles enquanto eles observam as pessoas reunidas de Deus adoração.

Eles veem inimigos de Deus, agora, adorando-O porquê foram perdoados e redimidos. Eles veem judeus e gentios adorando juntos como membros de um corpo em unidade. Eles veem machos e fêmeas adorando juntos como iguais [em seu ser]. Além de tudo isso, através da cobertura da cabeça, nossas mulheres mostram a todos os presentes que sua posição como mulher também é redimida. Já não estão em guerra, usurpando e desejando a posição de autoridade do homem (Gênesis 3.16). Em vez disso, elas estão satisfeitas com o papel que Deus ordenou para elas em Gênesis 2.

Os homens, da mesma forma, por suas cabeças nuas, comunicam que exercerão autoridade em seus respectivos papéis. No entanto, já não será através da dominação (Gênesis 3.16) ou por passividade, como o primeiro Adão. Sua posição como homem também é redimida.

Ao observarem isto, os anjos devem clamar: “Eis a multiforme sabedoria de Deus!”.

Não vamos esquecer que, como seres sem pecado, eles seriam muito mais sensíveis ao pecado. Se somos desonrosos e vergonhosos em uma perspectiva humana (1 Coríntios 11.4-6), como devemos olhar para os anjos, se desobedecermos a este mandamento? Se não orarmos e profetizarmos como Deus disse, a única coisa que podemos estar simbolizando para eles é a distorção do papel de Gênesis 3!

Para o nosso benefício

As Escrituras também parecem sugerir que anjos podem estar relatando a Deus se estamos ou não obedecendo a Ele. Deixe-me explicar o que quero dizer. No dia do juízo temos que dar conta de tudo o que dissemos (Mateus 12.36) ou fizemos (1 Coríntios 3.13).

Então Deus deve estar mantendo um registro. Além disso, há versículos que falam dos modos de como as nossas orações são impedidas, como, por exemplo, negligenciar os pobres (Provérbios 21.13) ou ser um mau marido (1 Pedro 3.7). Esses são pecados que devem ser observados, registrados e relatados.

Bem, Deus é onisciente, então Ele conhece todas as coisas. No entanto, Ele pode optar por usar meios específicos para receber essa informação se Ele desejar. Por exemplo, Deus escolhe julgar os mortos “conforme o que se achava escrito nos livros.” (Apocalipse 20.12).

Ele não precisa de um livro, mas escolhe usar um para registrar as ações das pessoas. Do mesmo modo, Deus não precisa de ninguém nem de nada para deixá-Lo saber quem está sendo obediente aos Seus mandamentos, mas há uma implicação bíblica para que o Pai escolha ter essa informação apresentada a Ele por anjos. Aqui está o que Jesus disse:

“Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste.” (Mateus 18.10).

Quando alguém comete um pecado contra um “pequenino”, Deus não apenas diz: “Eu sei sobre isso.” Ele diz que seu anjo vem até Ele. A implicação é que o anjo estaria relatando a Deus o que tinha acontecido.

Vamos dar uma olhada em outro versículo:

“Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade.” (1 Timóteo 5.21)

Quando Paulo deixou as suas ordenanças com Timóteo, ele lembrou-lhe que o que foi ordenado, foi feito “na presença dos anjos eleitos.” É como se ele estava dizendo “os anjos são testemunhas do que eu te mandei e eles estarão assistindo.”.

Entender que estamos sendo observados e responsabilizados serve para nos humilhar em nossos esforços em obediência. Nossas vidas não são privadas, mas vividas diante de um público cósmico.

Enfim, mesmo que eu tenha falhado em minha explicação, a razão ainda é clara: devemos obedecer “por causa dos anjos”. As crianças podem imaginar por que seu pai pediu para fazer tal e tal coisa, mas o ponto principal não deve ser desperdiçado. Independentemente da razão, tanto a ordenança quanto a pessoa que deseja obediência são muito claros.

Obtendo o público certo

Quero terminar com um último ponto. Mais adiante (no capítulo 9) discutiremos a visão popular de que a prática da cobertura da cabeça era apenas para aquela cultura. Esse argumento baseia-se na premissa de que este símbolo é apenas para os seres humanos e que era importante para não ofender seus costumes locais. Mas aqui Paulo contradiz diretamente esse sentimento mostrando-nos que nós o fazemos para um grupo de seres completamente diferente.

Esta prática não é apenas uma testemunha para as pessoas, mas para os anjos, que não mudam e não têm práticas culturais. Esta, então, é uma razão forte de porque a cobertura feminina é atemporal e transcultural.

À medida que avançamos através da carta de Paulo, voltemos nossa atenção para o que ele diz sobre a natureza e como isso atesta, através do comprimento dos nossos cabelos, que a prática da cobertura da cabeça é correta.

References

1.
 Martyn Lloyd Jones, Great Doctrines of the Bible, (Carol Stream, Illinois: Crossway Books, 2003), 110.
2.
 Em português há artigos definitivos e indefinidos. Em grego, tal distinção não existe; por isso é realmente apenas um “artigo”.
3.
 David E. Garland, First Corinthians  (Baker Academic, 2003), 527.
4.
 Archibald T. Robertson and Alfred Plummer, A Critical and Exegetical Commentary on the First Epistle of St. Paul to the Corinthians (T&T Clark, 1911), 233. (Quando eles mencionam “ἄγγελος sempre significa anjos bons”, isto deve ser entendido como quando a palavra é usada com o artigo grego nas cartas de Paulo.)

Capítulo 01: Historia del velo cristiano

“Sé que hasta hace cincuenta años atrás cada mujer en cada iglesia cubría su cabeza… ¿Qué fue lo que sucedió en los últimos cincuenta años? Tuvimos un movimiento feminista” 1) R.C. Sproul Jr. “Should Christians only sing Psalms in local churches?” (Christianity.com video, 2012) http://bit.ly/sproulpsalms.

R.C. Sproul Jr., fundador de Highlands Ministries; Presidente de Filosofía y Teología en el Reformation Bible College

 

La doctrina del velo no es nueva. Desde el tiempo de los Apóstoles hasta el siglo veinte ha sido practicada por muchos cristianos. De hecho, aún es la perspectiva mayoritaria en muchas de las iglesias orientales. Sin embargo, en occidente ha perdido popularidad y ahora sólo es practicada por una minoría. Pero esto no fue siempre así.

Alice Morse Earle (Historiadora Estadounidense, 1851-1911) documentó hace más de cien años, en su libro Two Centuries of Costume in America, lo siguiente:

“Una cosa en particular puede ser notada en esta historia –que aún con todos los caprichos de la moda, la mujer jamás ha violado el mandato bíblico que requiere cubrir su cabeza. Nunca ha asistido a la iglesia con su cabeza descubierta” 2) Alice Morse Earle, Two Centuries of Costume in America, vol. 2, 1620-1820. (New York: Macmillan, 1903), 582.

Así que una historiadora estadounidense nos dice que mirando al pasado, hace doscientos años, aún cuando las modas cambiaron la única cosa que no cambió fue que la mujer cristiana siempre ha cubierto su cabeza en la iglesia. Ahora, antes de que vayamos a explorar qué fue lo que sucedió para que la doctrina del velo fuera abandonada en gran parte, necesitamos una perspectiva de lo que la iglesia ha dicho acerca de este símbolo a través del tiempo. Tomemos un viaje a través de la historia iniciando en la iglesia primitiva para ver qué fue lo que los teólogos y pastores influyentes dijeron acerca del tema.

La iglesia primitiva

Las iglesias antes del Concilio de Nicea 3) Año 325 d.C.

Aprendemos de los escritos de Tertuliano (aproximadamente en el año 200 d.C.) que la iglesia de Corinto continuaba practicando la doctrina del velo 150 años después de que Pablo escribiera su carta. Tertuliano dijo: “Así también los corintios habían entendido [a Pablo]. De hecho, hasta el día de hoy los corintios velan a sus vírgenes. Lo que los Apóstoles enseñaban, sus discípulos aprobaban”4) Tertuliano.  “On the Veiling of Virgins” ed. A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe, trans.S. Thelwall, Fathers of the Third Century: Tertullian, Part Fourth; Minucius Felix; Commodian; Origen, Parts First and Second, vol. 4. (New York: Christian Literature Company, 1885), 33.

Asimismo declaró que la doctrina era practicada en otras regiones: “A través de Grecia, y en algunas de sus provincias bárbaras, la mayoría de las iglesias cubren a sus vírgenes. Existen lugares, más allá de este cielo (África) en donde esta práctica prevalece” 5) Ibid. . Aunque su comentario puede dar la impresión de que en algunas iglesias no se practicaba la doctrina del velo, debe notarse que él únicamente estaba hablando de las iglesias que cubrían a la mujer, y no sólo a las mujeres casadas. Velar a la casada no era algo que estaba sujeto a debate, mas no todos estaban de acuerdo con Tertuliano en que las mujeres solteras necesitaban cubrirse también. Así que, como parte de su argumento, señala otras áreas en donde la práctica de velar a las mujeres vírgenes era ampliamente practicada.

Ireneo (130 – 220 d.C.), Obispo de Lugdunum, capital de la Galia (actual Lyon, Francia) fue un discípulo de Policarpio, quien a su vez fue discípulo del Apóstol Juan. Ireneo es el primer padre de la Iglesia en comentar acerca de la doctrina del velo. Él sólo lo hace de paso, y es debido a ello que no articula su punto de vista al respecto. Independientemente de ello, él cita 1ª Corintios 11:10 diciendo: “la mujer debe tener puesto el velo sobre su cabeza debido a los ángeles” 6) Irenaeus of Lyons. “Ireneaus against Heresies” in A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe (Eds.), The Apostolic Fathers with Justin Martyr and Irenaeus, vol 1. (New York: Christian Literature Company, 1885), 327. . Al mencionar “velo” en lugar de “autoridad” Ireneo mostró que entendía claramente que se trataba de una cubierta artificial, y no del cabello largo de la mujer.

Clemente de Alejandría (150 – 215 d.C.), Teólogo cristiano y Decano de la Escuela Catequística de Alejandría, mencionó que: “La mujer y el hombre deben ir a la iglesia ataviados decentemente… pues este es el deseo de la Palabra, por lo tanto es conveniente para ella orar velada” 7) Clement of Alexandria. “The Instructor” in Fathers of Second Century: Hermas, Tartian, Athenagoras, Theophilus, and Clement of Alexandria, vol. 2, de. A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe (New York: Christian Literature Company, 1885), 290.

Hipólito (170 – 236 d.C.), Presbítero de la Iglesia de Roma al comienzo del tercer siglo. Mientras proporcionaba instrucciones acerca de las reuniones de la iglesia dijo: “Que todas las mujeres cubran sus cabezas con un paño opaco” 8) Hippolytus, and Easton, B. The Apostolic Tradition of Hippolytus. (New York: Macmillan, 1934), 43. .

Tertuliano (aproximadamente 155 – 225 d.C.), Escritor prolífico y Apologista de Cártago, África del Norte. Escribió la defensa más temprana y larga que poseemos hoy en día acerca del velo. Él dijo: “Te ruego, seas madre, hermana, o hija virgen, –permítame  dirigirme a Usted de la manera más apropiada a su edad–: cubra su cabeza” 9) Tertullian, “On Veiling of Virgins”, 37. .

Juan Crisóstomo (347 – 407 d.C.), Arzobispo de Constantinopla. Escribió un comentario sobre  1ª Corintios 11. En él menciona lo siguiente: “El asunto sobre cubrirse la cabeza fue legislado por la naturaleza (ver 1ª Corintios 11:14-15). Y cuando digo “naturaleza” me refiero a “Dios”. Pues es Él quien la creó. Toma nota, por lo tanto, ¡Qué gran daño proviene de alterar estas fronteras! Y no me digas que esto es un pequeño pecado” 10) Judith L. Kovacs, 1 Corithians: Interpreted by Early Christian Medieval Commentators (The Church’s Bible). (Michigan: Eerdmans, 2005), 180.

Jerónimo (aproximadamente 347 – 420 d.C.), un renombrado académico cristiano, mejor conocido por haber traducido la Biblia al latín (La Vulgata). Él dijo que las mujeres en Egipto y en Siria “no van con sus cabezas descubiertas, desafiando el mandato del Apóstol, dado que utilizan gorros ajustados y velos”. 11) Jerome, “The Letters of St. Jerome,” in St. Jerome: Letters and Select Works, vol. 6, ed. P. Schaff and H. Wace, trans. W. H. Fremantle, G. Lewis, and W. G. Martley (New York: Christian Literature Company, 1893), 292.

Agustín (354 – 430 d.C.), Obispo de Hipona (actual Argelia), escribió libros de teología, incluyendo La Ciudad de Dios y Confesiones, las cuales son ampliamente leídas hoy en día. Él escribió lo siguiente: “No es apropiado, incluso en mujeres casadas, descubrir su cabello, dado que el Apóstol ha ordenado a la mujer mantener su cabeza cubierta” 12) Augustine of Hippo, “Letters of St. Augustin,” in The Confessions and Letters of St. Augustin with a Sketch of His Life and Work, vol. 1, de. P. Schaff, trans. J.G. Cunningham (New York: Christian Literature Company, 1893), 588.

De la edad media hasta el siglo veinte

Concilios eclesiásticos

En varios concilios y sínodos, desde la época más temprana hasta la edad media, las instrucciones de Pablo en 1ª Corintios 11 fueron mantenidas como obligatorias hasta la época presente. El uso del velo fue requerido para la mujer al recibir la Eucaristía, desde el siglo quinto hasta el siglo siete, por los concilios de Autun, Angers13) John McClintock and James Strong, Cyclopedia of Biblical, Theological and Ecclesiastical Literature, vol. 10 (New York: Harper and Bros, 1891), 739.  y Auxerre 14) Alvin J. Schmidt, Veiled and Silenced, (Macon, Georgia: Mercer University Press, 1989), 136. Schmidt’s source is Carl Joseph Hefele, Counciliengesshichte, vol 3. (Freiburg: Herder’she Verlag, 1877),46 . El sínodo de Roma en el año 743 mencionó: “[Una] mujer orando en la iglesia con su cabeza descubierta trae vergüenza sobre su cabeza, de acuerdo a la palabra del Apóstol” 15) Synod of Rome, Canon 3, Giovanni Domenico Mansi, Sacrorum Conciliorum Nova et Amplissima Collectio, 382 .El Papa Nicolás I declaró ex cathedra, en el año 866, que: “la mujer debe ser velada durante los servicios de la iglesia” 16) Alvin J. Schmidt, Veiled and Silenced (Macon, Georgia: Mercer University Press, 1989), 136.

Tomás de Aquino (1225 – 1274), un Fraile dominico italiano, Sacerdote, Teólogo y Filósofo influyente, considerado por la Iglesia Católica como su más grande Teólogo y uno de los 33 Doctores de la Iglesia. Él dijo: “En el orden natural, un velo sobre la cabeza señala la autoridad de otro sobre la persona que lo usa. Por lo tanto, el hombre bajo la autoridad de Dios no debe llevar ningún velo sobre sí para mostrar que él está sujeto a Dios; mas la mujer sí debe llevar velo para mostrar que, aparte de Dios, está naturalmente sujeta a otro” 17) Thomas Aquinas, Super I Epistolam B. Pauli ad Corinthios lectura, (608) Accessed at: http://dhspriory.org/thomas/SS1Cor.htm#111.

William Tyndale (1494 – 1536), Académico bíblico inglés y figura fundacional que tradujo el Nuevo Testamento y el Pentateuco de sus lenguajes originales al inglés dijo: “Yo respondo, que Pablo enseñó de su boca tales cosas mientras escribía sus epístolas. Y sus tradiciones fueron… que la mujer obedezca a su marido, que cubra su cabeza, que guarde silencio y que su apariencia sea cristiana y femenina” 18) William Tyndale, Doctrinal Treatises and Introductions to Different Portions of the Holy Scriptures, ed. H. Walter, vol. 1, (Cambridge: Cambridge University Press, 1848), 219.

Martín Lutero (1483 – 1546), Teólogo alemán que fuera el catalizador detrás de la Reforma Protestante dijo: “La mujer no fue creada a parte de su cabeza, esto para que no gobierne sobre su marido, sino que esté sujeta y sea obediente a él. Por tal razón la mujer debe llevar un tocado, esto es un velo, sobre su cabeza, como San Pablo escribe en 1ª Corintios  11 ” 19) Martin Luther, “A Sermon on Marriage” (January 15, 1525) WA XVII/I.

John Knox (1514 – 1572), Clérigo escocés y líder en la Reforma Protestante, que junto con otros cinco reformadores escribió la Confesión de Fe Escocesa y estableció la Iglesia Presbiteriana Reformada. Citó los escritos de Juan Crisóstomo al defender la doctrina del velo diciendo: “Es cierto, Crisóstomo” 20) John Knox, “The First Blast of the Trumpet Against the Monstrous Regiment of Women” in Selected Writings of John Knox: Public Epistles, Treatises, and Expositions to the Year 1559 (Dallas, Texas, Presbyterian Heritage Publications), 1995.

Charles Spurgeon (1834 – 1892), Pastor bautista de Londres, conocido como “El Príncipe de los Predicadores”. Dijo: “La razón por la cual nuestras hermanas aparecen en la Casa de Dios con sus cabezas cubiertas es debido a los ángeles” 21) Charles Spurgeon, Spurgeon’s Sermons on Angels, (Michigan: Kregel Academic, 1996), 98.

Resumen histórico

Como hemos visto, los testimonios acerca de la práctica del velo se encuentran documentados desde el siglo II. Muchos de los teólogos cristianos más brillantes e influyentes enseñaron que dicha doctrina debe ser practicada en su propia cultura y época. No es una nueva doctrina –más bien es una enseñanza con una rica historia que hasta hace poco ha dejado de ser practicada.

¿Por qué ha sido abandonada?

En Estados Unidos la doctrina del velo fue practicada virtualmente en todas las iglesias hasta el comienzo del siglo veinte. Esta fecha es interesante porque coincide con la primera ola feminista. Aunque la práctica continuó en muchas iglesias, desde aquel tiempo en adelante el símbolo del velo entró en decadencia. Después, en la década de 1960 y 1970, el número de mujeres que practicaban la doctrina del velo descendió radicalmente. Una vez más, esto coincide con otra ola del feminismo. Durante la década de los años sesenta, el Movimiento de Liberación de la Mujer se extendió por todo Estados Unidos.

Tal vez estés preguntándote si la relación entre el feminismo y el declive de la doctrina del velo es mera coincidencia. Sabemos que no fue una coincidencia debido a que el movimiento feminista organizó sus esfuerzos para erradicar este símbolo. Pues entendían que el hecho de que una mujer cubriera su cabeza era sinónimo de su sumisión a la autoridad masculina, y es por ello que lo odiaron.

La Organización Nacional de Mujeres (NOW, por sus siglas en inglés) es un movimiento feminista fundado por Betty Friedan (autora del libro La Mística de la Feminidad). En 1968  reunieron sus tropas para lograr un “Desvelo nacional”. He aquí lo que mencionaron:

“Debido a que el uso del velo en los servicios religiosos simboliza la sumisión de la mujer, NOW recomienda a todas sus divisiones que realicen un esfuerzo para que todas las mujeres participen en un “desvelo nacional”, enviando sus velos al Presidente del Grupo de Trabajo. En la reunión de primavera del Grupo de Trabajo de la mujer y religión, estos velos serán quemados públicamente para protestar contra el estatus de segunda clase que las mujeres tienen en las iglesias”. 22) National Organization for Women, Dec. 1968. Quotation taken from The Power of the Positive Woman by Phyllis Schlafly (New Rochelle, NY: Arlington House, 1977), 207

NOW reunió todas sus divisiones para “realizar un esfuerzo” y detener la práctica del velo. Este símbolo, junto con su significado, les causó bastante indignación que realizaron una quema pública de velos. Tristemente sus esfuerzos lograron lo que buscaban.

El New York Times publicó un artículo que mostraba cómo el feminismo era responsable en gran parte de la quiebra de la industria sombrerera (manufactura de sombreros y tocados). Ellos decían: “A medida que los peinados beehive ganaron popularidad en la década de los años sesenta y al mismo tiempo que el movimiento feminista logró hacer aceptable para la mujer dejar sus sombreros en casa, la industria palideció”23) Carrie Budoff, “Headgear as a Footnote to History” (New York Times, April 6, 1997).

El teólogo, el Sr. R.C. Sproul nota la perturbadora conexión también: “Me perturba que… en Estados Unidos la tradición de que la mujer cubra su cabeza haya muerto al mismo tiempo que presenciamos una revuelta cultural en contra de la autoridad del esposo sobre su mujer” 24) R.C. Sproul, “To Cover or Not To Cover” (from the series “The Hard Sayings of the Apostles”), http://bit.ly/sproulcover.

No podemos ser ingenuos al hecho de que hemos sido influenciados por la cultura que nos rodea. El pensamiento igualitarianista ha permeado en la iglesia, popularizando las creencias de que: el hombre y la mujer no desempeñan papeles diferentes en el hogar. El hombre no tiene la responsabilidad dada por Dios de liderar y que la mujer no necesita someterse a su marido. Y que dentro de la iglesia todos los oficios están abiertos a la mujer.

Este sistema de creencias, junto con la presión de la cultura, ocasionó que el símbolo del velo dejara de ser popular hasta desaparecer. La doctrina del velo no se perdió inocentemente en los Estados Unidos, sino que su desaparición está unida al rechazo de los papeles bíblicos del hombre y de la mujer.

References

1.
 R.C. Sproul Jr. “Should Christians only sing Psalms in local churches?” (Christianity.com video, 2012) http://bit.ly/sproulpsalms.
2.
 Alice Morse Earle, Two Centuries of Costume in America, vol. 2, 1620-1820. (New York: Macmillan, 1903), 582.
3.
 Año 325 d.C.
4.
 Tertuliano.  “On the Veiling of Virgins” ed. A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe, trans.S. Thelwall, Fathers of the Third Century: Tertullian, Part Fourth; Minucius Felix; Commodian; Origen, Parts First and Second, vol. 4. (New York: Christian Literature Company, 1885), 33.
5.
 Ibid.
6.
 Irenaeus of Lyons. “Ireneaus against Heresies” in A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe (Eds.), The Apostolic Fathers with Justin Martyr and Irenaeus, vol 1. (New York: Christian Literature Company, 1885), 327.
7.
 Clement of Alexandria. “The Instructor” in Fathers of Second Century: Hermas, Tartian, Athenagoras, Theophilus, and Clement of Alexandria, vol. 2, de. A. Roberts, J. Donaldson, and A.C. Coxe (New York: Christian Literature Company, 1885), 290.
8.
 Hippolytus, and Easton, B. The Apostolic Tradition of Hippolytus. (New York: Macmillan, 1934), 43.
9.
 Tertullian, “On Veiling of Virgins”, 37.
10.
 Judith L. Kovacs, 1 Corithians: Interpreted by Early Christian Medieval Commentators (The Church’s Bible). (Michigan: Eerdmans, 2005), 180.
11.
 Jerome, “The Letters of St. Jerome,” in St. Jerome: Letters and Select Works, vol. 6, ed. P. Schaff and H. Wace, trans. W. H. Fremantle, G. Lewis, and W. G. Martley (New York: Christian Literature Company, 1893), 292.
12.
 Augustine of Hippo, “Letters of St. Augustin,” in The Confessions and Letters of St. Augustin with a Sketch of His Life and Work, vol. 1, de. P. Schaff, trans. J.G. Cunningham (New York: Christian Literature Company, 1893), 588.
13.
 John McClintock and James Strong, Cyclopedia of Biblical, Theological and Ecclesiastical Literature, vol. 10 (New York: Harper and Bros, 1891), 739.
14.
 Alvin J. Schmidt, Veiled and Silenced, (Macon, Georgia: Mercer University Press, 1989), 136. Schmidt’s source is Carl Joseph Hefele, Counciliengesshichte, vol 3. (Freiburg: Herder’she Verlag, 1877),46
15.
 Synod of Rome, Canon 3, Giovanni Domenico Mansi, Sacrorum Conciliorum Nova et Amplissima Collectio, 382
16.
 Alvin J. Schmidt, Veiled and Silenced (Macon, Georgia: Mercer University Press, 1989), 136.
17.
 Thomas Aquinas, Super I Epistolam B. Pauli ad Corinthios lectura, (608) Accessed at: http://dhspriory.org/thomas/SS1Cor.htm#111.
18.
 William Tyndale, Doctrinal Treatises and Introductions to Different Portions of the Holy Scriptures, ed. H. Walter, vol. 1, (Cambridge: Cambridge University Press, 1848), 219.
19.
 Martin Luther, “A Sermon on Marriage” (January 15, 1525) WA XVII/I.
20.
 John Knox, “The First Blast of the Trumpet Against the Monstrous Regiment of Women” in Selected Writings of John Knox: Public Epistles, Treatises, and Expositions to the Year 1559 (Dallas, Texas, Presbyterian Heritage Publications), 1995.
21.
 Charles Spurgeon, Spurgeon’s Sermons on Angels, (Michigan: Kregel Academic, 1996), 98.
22.
 National Organization for Women, Dec. 1968. Quotation taken from The Power of the Positive Woman by Phyllis Schlafly (New Rochelle, NY: Arlington House, 1977), 207
23.
 Carrie Budoff, “Headgear as a Footnote to History” (New York Times, April 6, 1997).
24.
 R.C. Sproul, “To Cover or Not To Cover” (from the series “The Hard Sayings of the Apostles”), http://bit.ly/sproulcover.

The Meaning Behind the Symbol (Infographic)

If headcovering is a symbol, then what does the symbol point to? See below for a great infographic by David Phillips. You can get the download the image and see his other infographics on this page.

"The Heart of Headcovering"​ (infographic)

Capítulo 3: Ordem de Criação: Masculinidade e Feminilidade simbolizadas

“A doutrina cristã da ordem da criação envolvendo submissão requer a prática cristã de manifestar esta ordem na adoração pública por meio da cobertura das mulheres.” 1) Charles Ryrie, The Role of Women in the Church, 2nd ed., chap. 8, (Nashville: B&H Publishing, 2011).

Dr. Charles Ryrie, editor, The Ryrie Study Biblie; ex professor em Dallas Theology Seminary

 

Quando um novo convertido é batizado, isto simboliza a morte para uma vida passada e o começo de uma nova vida em Cristo (Romanos 6:4). Esta prática do batismo é significativa principalmente por causa do significado atribuído a ela. Da mesma forma, a cobertura feminina também simboliza algo extraordinário. Vamos ver o fundamento desta prática para descobrirmos o que se comunica quando os homens adoram a Deus com suas cabeças descobertas e mulheres com suas cabeças cobertas.

Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. 1 Coríntios 11:3

Deus criou homens e mulheres iguais em valor e excelência. Ambos precisam um do outro, ou, como dizem as Escrituras No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher” (1 Coríntios 11:11).

Contudo, o fato de homens e mulheres serem iguais não significa que eles tenham os mesmos papéis, autoridade ou função 2) Estou defendo uma visão chamado complementarismo. A visão oposta é chamada de igualitarismo. Para saber mais sobre isso, leia Men and Women: Equal Yet Different: A Brief Study of the Biblical Passages on Gender de Alexander Strauch (Colorado Springs: Lewis e Roth Publishers, 1999). . Essas diferenças podem ser vistas através da Criação, nos anjos e até mesmo no próprio Deus. A doutrina da trindade é de que há somente um Deus, revelado em três pessoas diferentes: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essas três pessoas são todas plenamente Deus e completamente iguais, mas elas são distintas em função, autoridades e pessoa. Como nós vimos no verso acima, “Deus é o cabeça de Cristo”. Esta submissão de Jesus ao Pai não se limitou a sua encarnação. Mais tarde as Escrituras dizem:

Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. (1 Coríntios 15:28)

Portanto, mesmo que agora o Pai tenha “sujeitado todas as coisas de baixo dos seus pés[de Cristo]” (1 Coríntios 15:27), depois do retorno de Jesus, Ele ainda estará sujeito ao Pai. Não se esqueça: o Filho vai se submeter ao Pai por toda eternidade.

Jesus não é menos valioso do que o Pai. O Espírito Santo não é menos valioso do que Jesus, ainda que Seu papel não seja falar sobre Si mesmo, mas antes é glorificar o Filho (João 16:13).

Papéis diferentes não necessariamente significam diferença em valor ou excelência. Este ponto não pode ser suficientemente enfatizado. Por acaso um policial tem autoridade concedida por Deus? (Romanos 13:1) Sim! Este policial é mais valoroso do que você como homem comum? Não! Crianças se submetem aos seus pais (Efésios 6:1); servos se submetem aos seus senhores (Efésios 6:5); esposas se submetem aos seus maridos (Efésios 5:22); cidadãos se submetem ao governo (Romanos 13:1); os membros da igreja se submetem aos seus líderes (Hebreus 13:17); e Jesus se submete a Deus (1 Coríntios 11:3). Há até diferentes hierarquias entre os anjos, como Miguel é chamado de arcanjo (Judas 9), que significa “chefe”.

Nós não precisamos temer a autoridade. Haverá pais rudes, líderes ferozes, maridos machistas, pastores que abusam do poder e governos impiedosos até o fim. Isto por causa do pecado, não porque a autoridade seja algo ruim. Vamos olhar para a Trindade como nosso modelo e exemplo.

Sendo assim, nossa razão fundamental para a cobertura feminina é a ordem da criação. Isto significa que a mulher se submete ao homem, o homem se submete a Cristo e Cristo se submete ao Pai. Esta é a estrutura de autoridade que Deus ordenou e, por causa disso, ela é boa. Esta é a mensagem de Paulo quando ele diz “Eu quero que vocês entendam” (1 Coríntios 11:3).

Antes de examinarmos o próximo verso sobre a ordem da criação, eu gostaria de desafiar meus amigos complementaristas. 3) A visão de que homens e mulheres se complementam através de suas diferenças em papel, autoridade e função. Esta é a posição que eu defendo.  Eu conheço os argumentos que vocês usam para o ministério masculino e para a liderança dos maridos. Eu concordo inteiramente com vocês. Em 1 Timóteo 2, Paulo explica porque uma mulher não pode “ensinar ou exercer autoridade”, certo?

E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio. 1 Timóteo 2:12

“A razão é baseada na Criação”, você me diria. “Portanto, não é cultural”. Concordo. Mas agora eu quero te desafiar a permanecer consistente enquanto nós examinamos o próximo verso.

Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem. Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade. 1 Coríntios 11: 7-10

Paulo explica porquê as mulheres devem ter o símbolo de autoridade em suas cabeças – por causa da ordem da Criação. Onde você encontra o homem sendo diretamente criado à imagem de Deus? Em Gênesis 1. Onde você encontra a mulher sendo criada do homem, ou sendo “a glória do homem”? Em Gênesis 2. Onde você encontra que a mulher foi criada para o homem, e não o contrário disto? Mais uma vez, em Gênesis 2. E quando você encontra o pecado adentrando este cenário? Não até Gênesis 3.

Portanto, esse fundamento não é somente baseado na Criação, é baseado na perfeição da Criação de Deus antes do pecado. Liderança e autoridade é o propósito original de Deus. Não é um desastre pós-queda, mas sim uma obra-prima pré-queda.

Alguns argumentam que submissão e autoridade são a maldição da queda, baseado em Gênesis 3:16, que diz, “o teu desejo será para o teu marido e ele te governará”. Este verso não está introduzindo papéis pós-queda, e sim explicando como a queda afetará negativamente os papéis de cada um. Agora, as esposas lutarão contra um desejo pela posição de autoridade do marido, e os maridos serão tentados a liderar suas esposas tiranicamente. Esta maldição é uma distorção da ordem de Deus, contra a qual devemos lutar.

Há inúmeras indicações da liderança de Adão presentes nos primeiros dois capítulos de Gênesis. Lembre-se, isso foi antes do pecado entrar no mundo. Quando Deus disse que Ele iria criar a mulher, Ele se referiu a ela como “auxiliadora idônea (para o homem)” (Gênesis 2:18). Isto mostra a criação da sua função. Ela estava ali para auxiliar, e não para governar.

De igual modo, foi Adão quem nomeou Eva “varoa” (Gênesis 2:23). Nós entendemos que aquele encarregado de nomear os seres tem uma autoridade sobre os que foram nomeados. Nós mostramos isso quando nomeamos nossos filhos, e Adão mostrou isso quando ele nomeou os animais e Eva. Finalmente vemos que apesar de ambos, Adão e Eva, terem pecado, e igualmente ambos receberem a punição, foi Adão quem foi responsabilizado. As Escrituras declaram que “em Adão todos morremos” (1 Coríntios 15:22) e “por um só homem entrou o pecado no mundo” (Romanos 5:12). O pecado nunca é mencionado como advindo de Eva, pois ela não tinha a liderança. O líder é quem carrega a responsabilidade, mesmo se alguém submisso a ele comete um erro.

Aqui está um resumo das diferenças criadas entre homens e mulheres. Esta é a razão pela qual um gênero deve vestir o símbolo de autoridade (a cabeça coberta) e o outro não deve.

Homem (Descoberto) Mulher (Coberta)
O homem é o cabeça da mulher. 1 Co 11:3 A mulher se submete a autoridade masculina devida, como seu cabeça. 1 Co 11:3
O homem foi criado diretamente da mulher, da terra e é a “glória de Deus”. 1 Co 11:7-8 A mulher foi criada por Deus da costela do homem e é a “glória do homem” 1 Co 11:7-8
O homem não foi criado para a mulher.          1 Co 11:9 A mulher foi criada para o homem. 1 Co 11:9

Deus em sua infinita sabedoria selecionou símbolos perfeitos para mostrar essa diferença na ordem da criação. Nosso Deus ama a comunicação através de símbolos: Ele nos deu o cordeiro sem mácula, o pão não levedado, a água do batismo, o pão e o vinho, a oliveira, o casamento, o templo, as festas e assim por diante. Não se pode deixar de pensar em Ezequiel tendo que permanecer deitado de lado por 390 dias (Ezequiel 4), Isaías caminhando nu e descalço por três anos (Isaías 20:3) ou Oséias tendo que se casar com uma prostituta (Oséias 1:2). Deus poderia simplesmente declarar sua mensagem por estes profetas, mas Ele desejou usá-los como símbolos vivos também.

Cada símbolo na Escritura foi escolhido por Deus para um propósito específico, para apontar para uma realidade maior. No livro de Hebreus nós vemos isso em relação à tenda que Moisés foi ordenado a construir.

“(…) assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte.” Hebreus 8:5

O autor mais tarde destaca que a tenda é um símbolo “da época presente” (Hebreus 9:9). Mesmo sendo um símbolo, Moisés recebeu instruções bem específicas e foi ordenado a seguí-las. A razão é que, se o símbolo é alterado, ele não reflete mais precisamente o que Deus estava se utilizando para apontar. Assim é como a cobertura da cabeça.

O Dr. Bruce Waltke sabiamente avisa:

“Uma mulher que ora ou profetiza na assembléia dos santos deve cobrir sua cabeça como um símbolo de sua submissão para a absoluta vontade de Deus, que foi quem criou Seu universo de acordo com Seu bel-prazer. A imagem da Sua ordenança não deve ser manipulada pelos crentes nas suas próprias mãos para moldá-la segundo seu próprio prazer.” 4) Bruce K. Waltke, “1 Corinthians 11:2–16: An Interpretation” (Bibliotheca Sacra 135:537, Jan. 1978), 56.

Portanto o homem reflete a glória de Deus e sua submissão a Cristo através da prática da oração e profecia com a cabeça descoberta. A mulher reflete a glória do homem e sua submissão à devida autoridade masculina na sua vida através da prática da oração e profecia com a cabeça coberta. Se nós mudarmos o símbolo ou abandonarmos tudo isso, nós perdemos a oportunidade de mostrar aos homens e aos anjos a sabedoria de Deus na criação.

No próximo capítulo nós vamos tentar determinar o que Paulo quis dizer quando ele disse que as mulheres cobrem suas cabeças “por causa dos anjos”, e eu também vou mostrar o que este argumento significa para a visão cultural.

References

1.
 Charles Ryrie, The Role of Women in the Church, 2nd ed., chap. 8, (Nashville: B&H Publishing, 2011).
2.
 Estou defendo uma visão chamado complementarismo. A visão oposta é chamada de igualitarismo. Para saber mais sobre isso, leia Men and Women: Equal Yet Different: A Brief Study of the Biblical Passages on Gender de Alexander Strauch (Colorado Springs: Lewis e Roth Publishers, 1999).
3.
 A visão de que homens e mulheres se complementam através de suas diferenças em papel, autoridade e função. Esta é a posição que eu defendo.
4.
 Bruce K. Waltke, “1 Corinthians 11:2–16: An Interpretation” (Bibliotheca Sacra 135:537, Jan. 1978), 56.

Spanish translation now available

Great news! Our book “Head Covering: A Forgotten Christian Practice For Modern Times” is being translated into various languages. Today we’re introducing the Spanish version which is being translated by Edgar A. Pérez from Mexico. The introduction to the book is available today and a new chapter will be posted online every 2 weeks. Make sure to bookmark this page and spread the word to your Spanish speaking friends.

Spanish translation:
¡Muy buenas noticias! Nuestro libro “La Doctrina del Velo; una práctica cristiana olvidada para tiempos modernos” está siendo traducido al español por Edgar A. Pérez de México. La introducción ya se encuentra disponible el día de hoy y posteriormente, cada dos semanas, estaremos posteando un nuevo capítulo. Asegúrate de seguir nuestra página y ayúdanos a pasar la voz a tus amigos de habla hispana.

Introducción a una doctrina abandonada

“Es notable, en primer lugar, que San Pablo considera esta cuestión (acerca del velo) determinantemente valiosa y no la hace a un lado como una cuestión trivial. Existe una manera correcta e incorrecta de adorar a Dios” 1) H.L Goudge, The First Epistle to the Corinthians (Methuen and Co. Ltd., 1926), 97.

H.L. Goudge, Real Profesor de Divinidad, Oxford University, 1923 – 1938

 

El velo no es popular. De hecho, su desestimación es completa. Entonces ¿por qué decidí escribir un libro acerca de él?, ¿acaso me gusta la controversia?; absolutamente no, ¿busco ser divisivo?; lo opuesto. Entonces, ¿qué fue lo que me llevó a realizar esta labor? La respuesta rápida es: porque está en la Biblia.

Veamos, si “toda la Escritura es inspirada por Dios, y útil para enseñar, para redargüir, para corregir, para instruir en justicia” (2ª Timoteo 3:16), entonces toda ella merece un trato justo. Por encima de ello, este tema en particular no sólo es mencionado, es defendido. No hay uno o dos versículos oscuros, sino que el tema ocupa quince versículos consecutivos. Podemos debatir acerca de lo que Pablo quiso decir y sobre su aplicación en el siglo veintiuno, pero no podemos ignorar el tema.

El Dr. Daniel B. Wallace, uno de los principales líderes del criticismo textual y fundador del Centro para el Estudio de Manuscritos del Nuevo Testamento, imparte estudios del Nuevo Testamento en el Seminario Teológico de Dallas. Sería bastante sobrio decir que este hermano conoce el Nuevo Testamento y los textos griegos. Acerca de la “postura moderna del velo” (por la cual abogo), él dice lo siguiente; algo que me parece que muchos pueden relacionar como:

“El argumento acerca del uso de un velo aplicable en nuestros días es, desde varios puntos de vista, el más fácil de defender exegéticamente y prácticamente el más difícil de recibir. Y puesto que nunca es seguro abandonar la conciencia lejos de la verdad de la Escritura, recientemente he decidido adoptar esta postura. Francamente no me gusta (no es popular hoy en día). Sin embargo no puedo, con buena conciencia, ignorarla.” 2) Daniel B. Wallace, “What is the Head Covering in 1 Cor 11:2-16 and Does it Apply to Us Today?” (Bible.org, 2004)

¡Este es un argumento increíblemente honesto! Debido a que el velo es un símbolo visual, la postura referente a dicha doctrina es imposible de ocultar o de retrasar. Esta es la primera doctrina que la gente conoce que una mujer sostiene al momento de conocerla en la iglesia, incluso antes de estrechar su mano. La gente puede sentirse juzgada por uno mismo sólo por el hecho de sostener esta postura (mientras que ellos no), al mismo tiempo que tú te preguntas si no estarán pensando que te quedaste en la década de los años 50. Sobre todo, tus Pastores o aquellos más cercanos a ti pueden preocuparse por el hecho de que tal vez estés abrazando el legalismo.

Estas son luchas reales que la gente puede enfrentar al momento de meditar sobre la “postura moderna del velo”. Basta con decir que el Dr. Wallace posee una perspectiva precisa de qué tan bien es recibida esta doctrina cuando comenta que el velo “no es popular hoy en día”. Cuando una mujer usa un velo obliga a la iglesia a pensar en el tema; y algunos no están listos o simplemente no desean estarlo.

Daniel Wallace también dice:

“El peligro real, tal como lo veo, es que muchos cristianos simplemente ignoren lo que el texto dice debido a la inconveniencia de alguna forma de obediencia”. 3) Daniel B. Wallace, “What is the Head Covering in 1 Cor 11:2-16 and Does it Apply to Us Today?” (Bible.org, 2004)

Ahora, esto no significa que el miedo sea que la única razón por la que la gente no practique la doctrina del velo. Algunos son persuadidos por otras interpretaciones y, si son convencidos por la Escritura, tal vez puedan cambiar sus mentes. Espero que tú seas uno de éstos y que puedas compartir mi deseo de entender correctamente y someterte a todo lo que la Biblia dice. Sin embargo, estoy preocupado de que muchos lean el texto de 1ª Corintios 11 y piensen: no puede significar lo que pienso que dice. Nadie a quien yo conozca usa un velo, además no es posible que todos estemos mal. Después, pasamos rápidamente al capítulo 12, tomando nota mental para estudiarlo más adelante (lo cual, si somos honestos, raramente sucede).

Si acaso acabo de describir tu respuesta, ahora es el momento. Vayamos al fondo del texto e indaguemos juntos. No te preocupes, este libro no ha sido escrito para académicos. Lo escribí para el cristiano común y corriente.

En el capítulo siguiente te daré una perspectiva general acerca de la historia del velo cristiano. Después, en los seis capítulos siguientes, proporcionaré argumentos bíblicos para que la mujer use el velo en la iglesia. En el mismo contexto y de la misma manera, los hombres están ordenados a mantener sus cabezas descubiertas (a no usar sombreros). Haré esto mediante la exposición de las cinco razones que el mismo Apóstol Pablo da en 1ª Corintios 11. Cuando explique estas razones no daré mucha atención a la disputa de los diferentes puntos de vista, debido a que mi exposición será ampliamente  positiva. Posteriormente examinaré algunas de las objeciones más populares y daré algunas cuestiones prácticas. Finalmente, cerraremos con una exhortación personal para adoptar este símbolo, incluso si los demás no lo hacen.

El corazón de la cuestión

Antes de que esta introducción termine, quiero traer una advertencia: asegúrate de que tu corazón esté preparado. Me imagino a la mayoría de la gente leyendo este libro en desacuerdo o sin saber qué hacer con el velo, por lo que es seguro que mantendrás la guardia. Lo sé, yo también lo estuve, y no está mal, en verdad. Siempre combatimos las falsas enseñanzas y a los falsos maestros, por tanto es bueno ser escéptico y ser cautelosos, filtrando todo a través de la Palabra de Dios. Sólo asegúrate de no aceptar cualquier viejo argumento en contra del velo sólo porque no quieras que esta doctrina esté en lo correcto. ¿Qué pensará mi esposo o mi esposa? ¿Qué pensarán en mi iglesia? ¿Cómo encontraré cónyuge si él (o ella) conoce mi postura?

El temor al hombre puede ser abrumador, pero debemos temer a Dios y a Sus mandatos sobre todos los hombres. Debemos atarnos a los textos de la Escritura y obedecerlos. Así que si tú corazón no está preparado, da una buena leída a 1ª Corintios 11:2-16. Por favor lee despacio el texto y familiarízate íntimamente con él. Este es el único capítulo en la Biblia en donde se ordena y se explica la doctrina del velo, así que debes conocerlo bien para ser un buen Bereano (ver Hechos 17:11).

 

Lee 1ª Corintios 11:2-16

(2) Os alabo, hermanos, porque en todo os acordáis de mí, y retenéis las instrucciones tal como os las entregué. (3) Pero quiero que sepáis que Cristo es la cabeza de todo varón, y el varón es la cabeza de la mujer, y Dios la cabeza de Cristo. (4) Todo varón que ora o profetiza con la cabeza cubierta, afrenta su cabeza. (5) Pero toda mujer que ora o profetiza con la cabeza descubierta, afrenta su cabeza; porque lo mismo es que si se hubiese rapado. (6) Porque si la mujer no se cubre, que se corte también el cabello; y si le es vergonzoso a la mujer cortarse el cabello o raparse, que se cubra. (7) Porque el varón no debe cubrirse la cabeza, pues él es imagen y gloria de Dios; pero la mujer es gloria del varón. (8) Porque el varón no procede de la mujer, sino la mujer del varón, (9) y tampoco el varón fue creado por causa de la mujer, sino la mujer por causa del varón. (10) Por lo cual la mujer debe tener señal de autoridad sobre su cabeza, por causa de los ángeles. (11) Pero en el Señor, ni el varón es sin la mujer, ni la mujer sin el varón; (12) porque así como la mujer procede del varón, también el varón nace de la mujer; pero todo procede de Dios. (13) Juzgad vosotros mismos: ¿Es propio que la mujer ore a Dios sin cubrirse la cabeza? (14) La naturaleza misma ¿no os enseña que al varón le es deshonroso dejarse crecer el cabello? (15) Por el contrario, a la mujer dejarse crecer el cabello le es honroso; porque en lugar de velo le es dado el cabello. (16) Con todo eso, si alguno quiere ser contencioso, nosotros no tenemos tal costumbre, ni las iglesias de Dios.

References

1.
 H.L Goudge, The First Epistle to the Corinthians (Methuen and Co. Ltd., 1926), 97.

Capítulo 2: Tradição Apostólica: Sustentando o que nos foi entregue

“Quando os apóstolos falam sobre tradição… eles não estão falando sobre tradições humanas, eles estão falando sobre aquilo que foi entregue pelos apóstolos à Igreja. Estas não eram tradições que deveriam ser negociadas, pois eram tradições de Deus.” 1) R.C. Sproul, “To Cover or Not To Cover” (das séries “The Hard Sayings of the Apostles”), http://bit.ly/sproulcover.

Dr. R.C. Sproul Sr., fundador do Lingonier Ministries

 

Quando ouvimos a palavra “tradição”, nós geralmente pensamos que se refere a invenções humanas que não são encontradas na Escritura. As tradições podem ser benéficas (ou pelo menos não prejudiciais), mas porque Deus não as ordena, muito menos nós devemos ordená-las. Quando se trata do entendimento da cobertura feminina, nós precisamos questionar: é uma tradição ou uma ordenança? Vamos examinar nosso primeiro verso:

De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei. 1 Coríntios 11:2

Apesar das “tradições” não serem explicitamente definidas, nós podemos seguramente concluir que a cobertura feminina é uma delas. Por que nós acreditaríamos nisto? O ensino sobre a cobertura da cabeça (1 Coríntios 11:3-16) está entre duas declarações contrastantes. No verso 2, Paulo diz “eu vos louvo”, e logo depois introduz o assunto sobre a cobertura da cabeça. Já no verso 17, ele diz “não vos louvo”, e em seguida adentra no ensino sobre a Ceia do Senhor e dons espirituais (os quais estavam sendo usados inapropriadamente). A estrutura da sentença de 1 Coríntios 11 usa os versos 2 e 17 como títulos dos textos.

“Eu vos louvo” (1 Co 11:2) “Eu não vos louvo” (1 Co 11:17)
Cobertura da cabeça (1 Co 11:2-16) A Ceia do Senhor (1 Co 11:17-34)

Dons Espirituais (1 Co 12:1- 14:40)

O que vem imediatamente depois de cada um desses versos é o ensino sobre as práticas de cada tópico; o primeiro para instruir (quando ele os louva) e o último para corrigir (quando ele não os louva). Se a cobertura da cabeça não estivesse sendo praticada pelos coríntios, eles teriam sido abordados pelo tópico “eu não vos louvo”. Portanto, o caso não era de que os coríntios não estavam praticando a cobertura da cabeça. Nós sabemos que eles estavam pois Paulo disse “permanecei firmes” a isso. O que faltava aos coríntios era o “entendimento”, o que significa que eles precisavam de mais ensino sobre esse assunto.

Agora antes que você dispense a cobertura feminina como uma invenção humana, vamos deixar que a Bíblia nos conceda nossa definição de tradição. A palavra grega usada é “paradosis”, que é usada no Nova Testamento trinta vezes. Ela é usada oito vezes por Jesus e toda vez que ele usava, se referia claramente a “tradições humanas”. Paulo também usa o termo desta forma, mas não exclusivamente com esse significado. Às vezes ele usa em referência ao ensino apostólico autoritativo. Vamos verificar duas situações nas quais ele faz isso:

Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. 2 Tessalonissenses 2:15

Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes 2 Tessalonissenses 3:6

Você percebeu o padrão? Quando Paulo usa “paradosis” para se referir ao ensino apostólico, ele diz “isto vem de nós”. Então como nós sabemos se a cobertura da cabeça é uma tradição humana ou uma tradição dos apóstolos? Paulo não nos deixa especular. Em 1 Coríntios 11:2 ele diz “Eu vo-las [as tradições] entreguei”. Isto significa que a prática da cobertura da cabeça é um ensino apostólico autoritativo.

Para ajudar a visualizar isso, imagine-se abrindo uma correspondência. Você recebe dezenas de cartas diferentes, cada uma entregue a você. Uma em particular chama a sua atenção porque vem da Receita Federal. Você dá uma atenção especial a esta carta pela importâcia do remetente. Você entende que o que eles dizem na carta tem autoridade, pois lhes foi dada pelo governo. Enquanto você lê, você percebe que eles estão te dando instruções para seguir. Isto não pode ser ignorado.

Da mesma forma, essa carta aos Coríntios é importante porque foi enviada por um apóstolo com instruções para a igreja se apoiar. Este apóstolo está revestido de autoridade por Jesus para estabelecer o fundamento da igreja (Efésios 2:20). Mais do que isso, quando ele fala pela Escritura, Deus está falando (2 Timóteo 3:16).

Imagine-se abrindo a carta de Paulo pela primeira vez. Você reconhece sua importância e começa a lê-la. Ele te diz nesta carta que a razão para tê-la escrito a você é para que você tivesse o “entendimento” sobre a doutrina da cobertura da cabeça. Ele quer que você conheça o que símbolo significa, o porquê as igrejas o praticam e o que o ignorar dessas instruções comunica sobre nós. Você também vê que ele nos louva se nós “permanecemos firmes” a ensinos como este. Vamos continuar examinando a carta do apóstolo juntos para que saibamos tudo que ele quer que entendamos. Nesse próximo capítulo nós vamos observar o fundamento desse símbolo, que pertence à ordem da criação.

References

1.
 R.C. Sproul, “To Cover or Not To Cover” (das séries “The Hard Sayings of the Apostles”), http://bit.ly/sproulcover.
Send this to a friend